A
revista Veja, em sua última edição, de número 2.27, dedica o editorial e suas
célebres páginas amarelas ao vice do deposto presidente Fernando Lugo, em que,
a semanal abriliana insiste na montagem tosca do vídeo denunciando intenções
golpistas do governo venezuelano: “Agora é você o golpista”, ironizou o
presidente Hugo Chávez, que sempre faz alusão à crônica de Eduardo Galeano ao
mundo ao revés, ao dirigir-se a seu chanceler Nicolás Maduro.
O
iracundo editorial da Veja, que não faz nenhuma referência ao vídeo do governo
golpista de Franco, editado e sem som, e depois desmontado por uma produção da
Rede Telesur, que reproduziu todo o encontro dos chanceleres no Palácio
López,em que Maduro teria incitado os militares ao golpe para preservar o
mandato de Lugo, ainda denunciou a diplomacia da presidenta Dilma Rouseff:
“Alguns
episódios causam a preocupação de que possa estar em curso um retrocesso.. Um
desses episódios foi a bizarra reação brasileira ao processo constitucional de
impeachment que tirou a presidência do Paraguai o esquerdista Fernando Lugo”.
Como se vê, para a Veja, que também apoiou o golpe contra o presidente Manuel
Zelaya, de Honduras, em 2010, não houve golpe, o que houve foi um “processo
constitucional de impeachment”.
A revista, na edição anterior, de número
2.276, denunciou em suas páginas “o golpe de Nicolás Maduro”, como se a gente
fosse desinformado e não houvesse as redes sociais para alertar e desnudar de
imediato estas e outras patranhas cuja origem conhecemos muito bem: os
laboratórios da CIA e companhia, fielmente reproduzidos pela revista e alguns
colunistas dos jornalões. Causou estranheza, no entanto, o fato de Veja não se
referir ao vice-presidente da República do Uruguai, Danilo Astori e o chanceler
Luís Almagro, os quais, dobraram-se às intrigas midiáticas, inventando umas
histórias estranhas contra a presidenta Dilma Rousseff, mas que foram
prontamente desautorizados pelo presidente Jose Mujica.
Mesmo
assim, Veja estava possessa com o Itamaraty, ao enfatizar no editorial,
intitulado “Aliança para o atraso”, estampando uma foto dos presidentes
reunidos na última cúpula conjunta do Mercosul e da Unasul:
“A diplomacia brasileira foi, para ficarmos com a hipótese mais benigna, merca espectadora na inaceitável tentativa do venezuelano Hugo Chávez de fomentar um golpe militar em Assunção, e, assim, evitar a saída de Lugo do poder”.
Como se sabe, a versão do golpe venezuelano, tão proclamada pela Veja e praticamente o resto da mídia brasileira, foi cabalmente desmentida por todos os chanceleres presentes à reunião com Lugo e Federico Franco, horas antes de os trogloditas do Senado decretarem a deposição do presidente constitucional, eleito democraticamente pelo sufrágio poular e universal. Entre os chanceleres, está a ministra das Relações Exteriores a Colômbia, Maria Ángela Holguín, que não é exatamente uma esquerdista ou uma chavista, que fez questão de dar um desmentido particular da matreira versão.
“A diplomacia brasileira foi, para ficarmos com a hipótese mais benigna, merca espectadora na inaceitável tentativa do venezuelano Hugo Chávez de fomentar um golpe militar em Assunção, e, assim, evitar a saída de Lugo do poder”.
Como se sabe, a versão do golpe venezuelano, tão proclamada pela Veja e praticamente o resto da mídia brasileira, foi cabalmente desmentida por todos os chanceleres presentes à reunião com Lugo e Federico Franco, horas antes de os trogloditas do Senado decretarem a deposição do presidente constitucional, eleito democraticamente pelo sufrágio poular e universal. Entre os chanceleres, está a ministra das Relações Exteriores a Colômbia, Maria Ángela Holguín, que não é exatamente uma esquerdista ou uma chavista, que fez questão de dar um desmentido particular da matreira versão.
Para
refrescar a memória dos que ainda duvidam da manipulação paraguaia e midiática
brasileira, reproduzimos abaixo, em vídeo no Youtube,a versão completa
construída pela Telesur, que foi recebida como autêntica pela imprensa mundial,
à exceção logicamente da brasileira.
Fonte:
www.cafenapolitica.com
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