Assunção, (Prensa Latina) Em um
dia de protestos, relacionadas com a rejeição à destituição do presidente
Fernando Lugo, constituiu o último dia no Paraguai da missão do Parlamento
Europeu, que foi informar-se sobre a situação no país.
Os legisladores receberam uma
delegação de trabalhadores do Estado, despedidos de seus cargos, e a delegados
de partidos políticos, mas deveram fazer um alto para escutar muito próximo do
hotel, onde se encontravam, o reclamo de uma manifestação contra o Governo.
Também os protestantes eram
empregados que lhe fizeram entrega aos deputados europeus de um legado
contentivo dos casos de mil servidores públicos e trabalhadores cessados em
seus cargos pelo novo Executivo, o qual qualificaram de perseguição política.
Depois de escutá-los
atenciosamente, um dos visitantes lhes explicou que, ainda que não pudesse
tomar posição, pois sua visita era de informação, submeteriam todos os dados
entregados à consideração das diferentes instâncias do Parlamento Europeu.
Pouco depois, a chegada dos
delegados dos partidos comprometidos com a destituição de Lugo acaparó os
protestos dos manifestantes que os qualificaram de golpistas.
Paralelamente, ainda que longe
da capital, o presidente da República, Federico Franco, designado pelo
Congresso depois do julgamento político a Lugo, foi objeto também de protestos
pela visita que realizava ao departamento de Caaguazú, segundo reportou a
versão digital do jornal Ultima Hora.
Os manifestantes, que lograram
demorar o percurso de Franco, o acusaram de ser um presidente de facto e
lançaram consignas reclamando o regresso de Lugo ao cargo para o qual foi
eleito.
Também durante o agitado dia se
viram interrompidas na rede as páginas do site do Ministério de Fazenda e da
agência oficial de notícias IP Paraguai pelo ataque de hackers e a colocação de
materiais que nada gostaram ao governo.
Os eurodeputados partirão nesta
quarta-feira de Assunção, ainda que se espera que, dantes do fazer, façam
algumas breves declarações à imprensa como fechamento de sua visita.
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