quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Franco é vaiado na comemoração do aniversário de Assunção


Participação do presidente em ato no Panteão Nacional dos Heróis, no centro de Assunção, foi interrompida pelos gritos de "golpista"
O presidente do Paraguai, Federico Franco, foi vaiado nesta quarta-feira (15) por um grupo de manifestantes durante o início da comemoração pelo 475º Aniversário de Assunção, que coincide com o começo do último ano do mandato presidencial de cinco anos iniciado em 2008 pelo destituído Fernando Lugo.
Franco participou do ato no Panteão Nacional dos Heróis, no centro de Assunção, onde foi interrompido pelos gritos de "golpista" e outras palavras de ordem proferidas por um grupo de cerca de 200 pessoas.
O ato abriu uma série de atividades que contará com participação o governante neste dia de festa nacional pelo aniversário de fundação da capital.
A agenda oficial inclui também a presença do presidente golpista em uma demonstração equestre na sede do antigo Seminário Metropolitano, assim como atos ecumênicos e procissões religiosas no centro de Assunção.
Há exatamente quatro anos, em 15 de agosto de 2008, Lugo assumiu como presidente para um mandato de cinco anos e Franco como vice-presidente. Porém, Franco assumiu a presidência no dia 22 de junho deste ano em substituição a Lugo, que foi deposto do cargo após a farsa de um julgamento político no Legislativo que o condenou por mau desempenho em suas funções.
Esta situação, considerada pelo ex-bispo Lugo e maioria dos países da América Latina como um "golpe de Estado parlamentar", teve como consequência a suspensão do Paraguai do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas, que consideram que aconteceu uma "quebra democrática" no país.
No passado o ex-presidente Raul Cubas sofreu idêntico “golpe de estado democrático”, sendo substituído pelo golpista Macchi. Como não houve repercussão na época, e os organismos democráticos não estavam fortalecidos, o golpe ficou impune, mas desta vez os países membros do Mercosul e Una Sul deram a resposta à altura dos desmandos dos corruptos políticos paraguaios, suspendendo o país das referidas entidades.

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