“Temos de nos
preparar para a guerra para viver em paz”, disse a ministra da Defesa do
Paraguai sobre a nova situação geopolítica do país na América do Sul.
“Guerras
nunca foram impulsionadas pelo povo. Foram incitados por governantes ambiciosos
que empurram situações atípicas, tais como existem atualmente no Paraguai”,
disse Liz Garcia.
“Temos
de nos preparar para a guerra para viver em paz”, disse a ministra da Defesa do
Paraguai sobre a nova situação geopolítica do país na América do Sul.
Em
29 de junho, os chefes de Estado da Argentina, Brasil e Uruguai, decidiram
suspender temporariamente o Paraguai do Mercosul com o argumento de que a
destituição do ex-presidente Fernando Lugo foi um obstáculo inaceitável para a
continuidade do processo democrático no país,
Na
mesma reunião em Buenos Aires, os presidentes Cristina Kirchner (Argentina),
Dilma Rousseff (Brasil) e José Mujica (Uruguai) decidiram integrar a Venezuela
ao Mercado Comum do Sul.
Em
uma entrevista ao jornal ABC Color, no último sábado, dia 18 de agosto, Maria
Liz Garcia disse que a Bolívia está atuando no território do Chaco paraguaio,
além de ter entrado numa corrida armamentista com outros países sul-americanos.
Ela
também acusou a Venezuela de “fortificar” instalações bolivianas e criticou os
exercícios militares do Brasil realizados na fronteira do Paraguai, sem
autorização.
Liz
Garcia ainda declarou que o chanceler venezuelano Nicolas Maduro tentou iniciar
um golpe a favor de Lugo, ao se reunir com militares paraguaios.
A
ministra esqueceu de falar sobre o rompimento da ordem constitucional naquele
país para favorecer e beneficiar quadrilhas de politicos corruptos,
contrabandistas e traficantes – os principais organizadores do golpe parlamentar
que derrubou o presidente Lugo.
Ao
trair a vontade soberana do povo paraguaio, destituindo um president democraticamente
eleito pela população, o atual governo de fato está a serviço dos interesses
mais traiçoeiros: está a serviço dos inimigos do povo paraguaio e dos inimigos
dos povos latino-americanos. Esperar que os demais países do nosso continente
assistissem a mais esta quartelada paraguaia de braços cruzados não é apenas
ingenuidade, é burrice mesmo.
O
Paraguai está fora do Mercosul e da Unasul. Os enormes prejuízos decorrentes
devem ser creditados aos golpistas e seus apoiadores, e à potência imperialista
interessada em conflagrar o nosso continente: o governo dos Estados Unidos da
América - principal mentor deste golpe e de todos os demais golpes na América Central
e Latina.
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